Vaticano reformará baldaquino da Basílica de São Pedro
O imponente baldaquino de bronze dourado da Basílica de São Pedro no Vaticano, obra de Bernini, passará por trabalhos de restauração para o Jubileu de 2025.
“Uma restauração de grande valor simbólico, pois o baldaquino, que se eleva solenemente sobre o altar-mor, indica com sua magnificência o local do túmulo do apóstolo Pedro, a quem a Basílica Vaticana é dedicada”, destacou o cardeal Mauro Gambetti, arcipreste de São Pedro, em coletiva de imprensa.
“Uma restauração exigente e necessária, de caráter conservador, mas também de particular importância, pois foi empreendida na perspectiva do Jubileu de 2025. A obra, autorizada pelo Papa, será concluída em dezembro deste ano, pouco antes da abertura da Porta Santa”.
O baldaquino, tão alto quanto um prédio de dez andares, com as famosas colunas retorcidas, serve como suporte para a Basílica, destaca a presença de Pedro na Confissão Vaticana e representa o ponto central em torno do qual toda a arquitetura da Basílica gira.
A restauração, sob a direção técnico-científica dos ateliês do Vaticano, a célebre Fábrica de São Pedro, custará cerca de 700 mil euros (R$ 3,7 milhões) e ficará a cargo da Ordem dos Cavaleiros de Colombo.
O engenheiro Alberto Capitanucci, chefe da área técnica da Fábrica, lembrou que o baldaquino, “a única obra que mostra a colaboração entre Bernini e Borromini, é uma surpreendente máquina de inspiração processional, única em sua monumentalidade”.
Com quase 30 metros de altura e mais de 60 toneladas de peso total, o baldaquino possui bases de mármore de aproximadamente 2,5 metros de altura e colunas de bronze decoradas em ouro de cerca de 11 metros.
O estado de conservação, além de uma “degradação significativa do metal”, revela “pátinas escuras intensas devido a substâncias gordurosas e partículas atmosféricas agora incorporadas às pátinas”.
A intervenção de restauração é considerada uma “necessidade real de conservação do bem” devido ao progressivo avanço da degradação, e afetará as superfícies metálicas (bronze e ferro), as superfícies de mármore e as estruturas de madeira. “O prazo previsto para a intervenção é de 10 meses, incluindo os tempos de aquisição, montagem e desmontagem das obras provisórias. O início dos trabalhos está previsto brevemente”, detalhou o engenheiro Capitanucci. O cardeal Gambetti esclareceu que a presença dos andaimes não impedirá a realização das celebrações papais no altar-mor.