Viagem de prefeito de Roma para os EUA durante a passagem do Papa Francisco causa polêmica na Itália
A viagem do prefeito de Roma, Ignazio Marino, para os Estados Unidos durante a passagem do papa Francisco pelo país continua gerando polêmica na Itália. O líder da cidade se manifestou sobre o caso e criticou toda a situação.
"O Santo Padre vai aos EUA, fala de mudanças climáticas, petróleo, do drama das armas em um país que nenhum presidente se colocou contra elas, do abuso do planeta, faz discursos épicos sobre o papel da mulher também na Igreja e o jornalista italiano pergunta 'você convidou o Marino?'. Eu não sou o Papa, mas teria dito que esse não era o foco da viagem", afirmou o prefeito.
Durante a viagem de volta de Jorge Mario Bergoglio para Roma, como é de praxe, o sucessor de Bento XVI foi conversar com os jornalistas que estavam no voo. Como a viagem de Marino não havia sido explicada publicamente pelos órgãos oficiais, um jornalista questionou se não teria sido o próprio Papa quem chamou o político. No momento, Bergoglio apenas respondeu: "não convidei o prefeito Marino para a Filadélfia".
Segundo o líder, as despesas tanto dele como de seu assessor foram pagas pela Universidade Temple, que foi quem fez o convite para que ele estivesse no país. "Também me acompanharam um embaixador e o chefe do nosso cerimonial, que tiveram as despesas pagas pelo governo como é normal seja para prefeitos de pequenas ou de grandes cidades", destacou.
A visita de Marino aos EUA gerou polêmica também pelo fato do líder nem sempre estar em seu gabinete quando ocorrem fatos contraditórios na cidade, como no velório do mafioso Vittorio Casamonica. O prefeito respondeu que "não é um xerife para andar com armas" e que apenas cumpre seu papel no comando político da capital italiana. "Eu administro a cidade e as forças de ordem garantem a segurança e isso está muito claro para quase todos os italianos", ironizou.