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Cardeal Bergoglio antes do conclave: “impossível que me elejam”

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Desde o dia em que soube da renúncia de Bento XVI, o cardeal Jorge Mario Bergoglio tinha a sensação de que a sua vida poderia mudar repentinamente, mas seu lado racional lhe dizia que seria impossível ser eleito, pois havia apresentado a sua renúncia ao cargo de arcebispo de Buenos Aires por limite de idade, já que havia cumprido 75 anos e estava a ponto de aposentar-se.

Quem conta estes detalhes é a amiga de Bergoglio e jornalista argentina Elisabetta Pique, no capítulo do seu livro "Francisco, vida e revolução", antecipado pelo L'Osservatore Romano. No livro, é contada "a conversa premonitória" do futuro Papa Francisco, na manhã de 11 de fevereiro, com o padre Alejandro Russo, reitor da catedral metropolitana de Buenos Aires, que se encontraram no escritório da catedral para comentar a notícia da demissão de Bento XVI.

"Ah, Deus meu, que desastre esta história de sé vacante!", exclamou o cardeal. "Pensava que em março poderíamos dar início aos procedimentos para a sucessão aqui em Buenos Aires… Agora teremos que adiar tudo para daqui 2 ou 3 meses…". "Ou antecipar", hipotizou o reitor.

"Pensas que o novo Papa vai me mandar de volta no dia seguinte?", perguntou Bergoglio. "Não, não tencionava isto, estava pensando que o novo Papa poderia ser também você", respondeu o reitor. "Não, Alejandro! Recém renunciei à sede, e tenho 76 anos, não é possível".

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