Frases e gestos marcam primeiro ano de pontificado do Papa Francisco
Em um ano, o papa Francisco marcou presença com algumas frases e gestos que já se tornaram célebres, criticando a mundanidade e mostrando sua proximidade com o homem comum.
O papa marca presença também por seu gosto pelas multidões, seus gestos espontâneos com relação aos enfermos, aos deficientes que são carregados para que ele os beije. O padre deve saber "levar o carinho de Deus", diz Francisco, que não hesita em brincar, colocar uma criança no papamóvel, tirar o solidéu branco para colocar um novo, ofertado por um fiel, vestir uma camisa de futebol ou compartilhar um chimarrão.
Ele alterna gestos simples e gestos fortes como quando lavou, em 29 de março, os pés de 12 detentos – dentre os quais dois muçulmanos – ou quando ele liderou, em 7 de setembro, um dia de jejum pela paz na Síria.
O Santo Padre telefona e escreve de punho próprio para dezenas de pessoas. A ponto até de, às vezes, pegar seus interlocutores desprevenidos: como as religiosas de um convento espanhol que receberam uma ligação sua no ano novo, confusas por não terem atendido o telefon
Confira algumas frases que marcaram o 1º ano de pontificado do papa Francisco:
1 ) Em 16 de março de 2013, ele diz para a imprensa: "Como eu queria uma Igreja pobre, feita para os pobres!".
2) Em 17 de março, durante seu primeiro Angelus, ele convida ao "perdão" e à "misericórdia": "Um pouco de misericórdia deixa o mundo menos frio e mais justo". "Nós não devemos ter medo da bondade, nem da ternura".
3) Em 28 de março, ele pede aos padres que se dirijam às periferias, onde há mais sofrimento, onde o sangue é derramado". Os padres "não devem ser colecionadores de antiguidades", nem "funcionários públicos". Quando aos bispos, não são nem "apologistas, nem cruzados", "eles devem se impregnar do odor de seu rebanho".
4) Em 17 de abril de 2013, durante missa em Santa Marta: a Igreja "não deve ser uma babá que nina uma criança para que ela durma".
5) Em 8 de maio de 2013, ele convida milhares de religiosas a uma "castidade fecunda (…) A pessoa consagrada é uma mãe, deve ser mãe e não uma solteirona".
6) Em 8 de julho de 2013, durante viagem a Lampedusa, ele chama atenção para o drama dos migrantes que atravessam o Mediterrâneo: "a cultura do bem-estar nos torna insensíveis aos gritos do próximo" e "culmina numa globalização da indiferença".
7) Em 29 de julho, no avião que o levava de volta à Itália após sua viagem ao Brasil, ele diz para a jornalista brasileira Ilze Scamparini: "se uma pessoa é gay e procura Jesus e tem boa vontade, quem sou eu para julgá-la?"
8) Em 4 de outubro de 2013, ele denuncia o "perigo da mundanidade": " o cristianismo sem a cruz, sem Jesus, sem despojamento é como uma confeitaria, um lindo bolo".
9) Em 26 de novembro de 2013, ele denuncia a especulação financeira: "uma nova tirania invisível impõe leis de uma maneira unilateral e implacável".