Últimas Notícias

Bento XVI lembra cardeal Gantin, primeiro africano com cargos de presidência na Cúria Romana

Paramentos Litúrgicos

19 DE NOVEMBRO DE 2011 – SÁBADO: O Papa Bento XVI visitou hoje o túmulo do cardeal Bernardin Gantin (1922-2008), onde rezou em silencia, lembrando um amigo pessoal e o primeiro africano a presidir a um dicastério da Cúria Romana.

Após um percurso de 40 quilómetros, acompanhado junto à estrada por milhares de pessoas ao som de tambores e cantos tradicionais, o Papa chegou ao seminário Saint Gall, onde estudam neste momento 140 candidatos ao sacerdócio do Benim e do Togo.

Aos presentes, Bento XVI lembrou como um “filho ilustre” do Benim o cardeal Gantin, arcebispo de Cotonou entre 1960 e 1971, ano em que foi chamado por Paulo VI para Roma.

Ao longo de duas décadas, o cardeal africano – cujo apelido significa ‘árvore de ferro’ – presidiu aos Conselhos Pontifícios Justiça e Paz e ‘Cor Unum’, bem como à Congregação para os Bispos, tendo sido ainda decano do colégio cardinalício entre 1993 e 2002, cargo no qual foi substituído pelo então cardeal Joseph Ratzinger, hoje Bento XVI.

À chegada ao país, ainda no aeroporto de Cotonou, o Papa manifestou a sua “grande estima” por D. Bernardin Gantin: “Ajudámos, o melhor que pudemos, o meu predecessor, o beato João Paulo II, a exercer o seu ministério petrino. Tivemos oportunidade de nos encontrar muitas vezes, dialogar profundamente e rezar juntos. O Cardeal Gantin conquistara o respeito e a estima de muitos.

Por isso, pareceu-me justo vir ao seu país natal, rezar junto da sua sepultura e agradecer ao Benim este filho ilustre que deu à Igreja”.

No discurso proferido no seminário, esta manhã, Bento XVI recordou aos padres “responsabilidade de promover a paz, a justiça e a reconciliação”, temas centrais na exortação apostólica pós-sinodal que o próprio vai assinar esta manhã, ainda em Ajudá, cidade costeira que viu chegar os primeiros missionários católicos e onde ainda hoje se conserva a fortaleza portuguesa de São João Baptista.

“Sem a lógica da santidade, o ministério não passa duma simples função social”, advertiu, dirigindo-se aos seminaristas.

Bento XVI saudou ainda os religiosos e religiosas, chamados a “contribuir para uma expressão harmoniosa da imensidade dos dons divinos ao serviço de toda a humanidade”, e os leigos, convidando a “ter um profundo respeito pela vida”.

“O amor ao Deus revelado e sua Palavra, aos Sacramentos e à Igreja é um antídoto eficaz contra os sincretismos que transviam.

Um tal amor favorece uma correta integração dos valores autênticos das culturas na fé cristã; liberta do ocultismo e vence os espíritos maléficos, porque é movido pela própria força da Santíssima Trindade”, concluiu.

Mostrar mais

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo