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PAOLA MARIA BOTTO FARHAN: Papa Francisco diz que principal “arma” contra fome é o amor

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O papa Francisco fez um novo alerta nesta segunda-feira (16) e pediu que se introduza o “amor” na linguagem da cooperação internacional, porque a fome só acabará enquanto não houver guerra.

O Pontífice fez um discurso na Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), em Roma, que tem como diretor-geral o brasileiro José Granizo da Silva, por ocasião do Dia Mundial da Alimentação.

“Seria exagerado introduzir na linguagem da cooperação internacional a categoria do amor, conjugada como gratuidade, igualdade de tratamento, solidariedade, cultura do dom, fraternidade, misericórdia?”, questionou o Pontífice.

Para o líder da Igreja Católica, “essas palavras expressam, de fato, o conteúdo prático do termo humanitário, tão usado na atividade internacional”.

“Amar aos irmãos, tomando a iniciativa, sem sermos correspondidos, é o princípio evangélico que também encontra expressão em muitas culturas e religiões”, acrescentou Francisco.

“É necessário que a diplomacia e as instituições multilaterais alimentem e organizem essa capacidade de amar, porque é a via mestre que garante não apenas a segurança alimentar, mas também a segurança humana em seu aspecto global”, disse.

“Não podemos agir apenas se os demais agirem, nem nos limitarmos a ter piedade, porque a piedade se limita às ajudas de emergência, enquanto o amor inspira a justiça e é essencial para levar adiante uma ordem social justa entre realidades distintas que aspiram ao encontro recíproco”, argumentou o papa.

“Amar significa contribuir para que cada país aumente a produção e chegue a uma autossuficiência alimentar. Amar se traduz em pensar em novos modelos de desenvolvimento e de consumo e em adotar políticas que não piorem a situação das populações menos avançadas, ou sua dependência externa”, acrescentou.

“É urgente encontrar novos caminhos”, disse o Papa, lembrando que a fome que atinge muitos locais do mundo também não acabará enquanto houver guerra. Em sua conta no Twitter, Jorge Mario Bergoglio ressaltou que “devemos responder ao imperativo que o acesso ao alimento necessário é um direito de todos. Um direito que não consente exclusões”.

Antes de seu discurso, o Santo Padre inaugurou, na sede as FAO, uma escultura sobre o menino sírio Alan Kurdi, encontrado morto em uma praia em 2015, que se tornou símbolo do drama dos refugiados.

Enviado por Paola Maria Botto Farhan – professora aposentada dos idiomas de francês e italiano.

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