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Pais de Santa Teresinha, modelos para todos os pais

Paramentos Litúrgicos

Quase todos os dias ouvimos falar que a família está em crise, perdeu o seu rumo, e que os pais hoje em dia não sabem educar, que os  jovens  não querem mais ficar em casa e preferem  viver longe dos pais e, dizem os psicólogos e a mesma Igreja, que os jovens, vendo as brigas super violentas dos pais, preferem nem se casar. Se diz ainda que o número dos divórcios aumenta cada vez mais e que o matrimonio  não é estável,  mas passageiro. O que importa é a convivência e a felicidade pessoal e momentânea… E ainda há quem diga com fundamento que a causa do número dos jovens que pegam o caminho da droga e não raramente o caminho do suicídio  seja a desestabilização da família, como primeiro centro  educacional sério e evangelizador. E a ladainha pode continuar  e dizer por ex. que os jovens preferem “as diversões sexuais e afetivas”, mas sem uma ligação   consagrada nem de Deus e nem da lei. E se por acaso, por descuido, aparecer uma gravidez, não há problema, o aborto é solução. Por aí vai.

Que a Igreja esteja preocupada com esta situação  é comprovado pelo sínodo da família que se pensava que uma simples sessão fosse necessária e o Papa Francisco e os participantes se viram obrigados a prolongá-lo com uma outra sessão e pode ser que nem baste… Há sobre a mesa problemas grandes  e graves que vão da homossexualidade  às segundas núpcias, ao matrimônio de fato ou matrimônio “aparente, de fachada”. Pais  e mães não são mais tão importantes,  se pode comprar um pai e mãe de aluguel e tudo está resolvido. Poderíamos continuar  no que se diz  até escrever um livro, mas a que serve fazer análises se não se encontra  a solução e o meio certo?

A Igreja  nos oferece  uma solução e um remédio eficaz através da canonização dos pais de Santa  Teresinha,  Zélia Guerin e Luis Martin. Um matrimônio  que  ao longo da vida conjugal viveu situações difíceis,  mas que à luz da fé  soube enfrentá-las  corajosamente. Há mulheres santas e há maridos ateus, como casos  na história da santidade, como por exemplo  o pai de santo Agostinho, que se chamava Patrício, era ateu e Monica,  a santa que com sua oração conseguiu  converter um pouco o marido, mas totalmente o filho  Agostinho, que tinha  um péssimo caminho. Há casos de marido santo e mulher não santa.

Aqui temos um caso especial, os pais, quer dizer marido e mulher, que  serão  declarados pela Igreja santos. Não uma santidade “honoris causa.” Mas sim uma santidade concreta, real. É interessante o livro “A história de uma família”, que conta  a vida da família Martin, provada  pelas mortes de recém nascidos, pela doença de Zélia, pela pobreza,  vendo um pouco os negócios irem à falência, pelos desentendimentos  com os parentes… E os dois, unidos na fé, na esperança e  no amor. Dois caracteres totalmente diferentes  e entre eles uma certa  diferença de idade.

Os dois vinham de uma desilusão de  vida religiosa. Sabemos que Luis Martin, homem reflexivo e um pouco solitário, quem sabe também um  pouco depressivo, queria ser monge, mas  não sabendo latim, foi enviado de volta para casa. O  seu mesmo trabalho de relojoeiro o levava  a passar tempo sozinho. Zélia, uma jovem  boa, empreendedora, mas que sentia no seu  coração o desejo da vida religiosa  e sem saber o porque foi recusada. Os dois não sabiam  que rumo  tomar. A mãe de Luis Martin,  preocupada pela idade do filho, que beirava os 37 anos, arrumou o encontro entre os dois, noivado rápido, nem três meses, e ei-los casados à meia noite do 13 de julho de 1858.

Um Luis Martin que não quer filhos e quer viver a castidade, e uma Zélia que não quer filhos, mas o confessor santo que diz “matrimônio é feito para ter filhos”, e vão ter nove.

Uma bela história  de oração, de sacrifício,  unidos na oração, no fazer o bem, preocupados com a educação das filhas.

Hoje é necessário “recriar” famílias que saibam colocar ao centro da vida  Deus e os filhos, e não o dinheiro e nem a promoção social, nem o bem estar econômico. O  amor não  é feito de jóias e nem de viagens, é feito de dom de si mesmo que gera a vida. Escrevi um livro sobre os pais de santa Teresinha com a editora Canção Nova, onde dizia que os pais de Santa Teresinha  são pais normais,  feitos de alegria e de tristeza  e são imitáveis para as famílias normais. Nada de excepcional a não ser o amor vivido respeitando o caminho dos filhos. A História de uma Alma, autobiografia de Santa Teresinha, é o melhor testemunho do processo de canonização dos pais desta Santa. Espiritualidade familiar não é idéia, é vida. Todos os problemas da família têm uma única solução: crer no amor. Posso estar errado, mas isto é o que vejo na família de Jesus e de Zélia e Luis Martin.

 

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