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Em um tempo de barulho e palavreado, é necessário atitude de silêncio e escuta na Quaresma

Paramentos Litúrgicos


Mensagem de Dom Antonio Vitalino para este tempo litúrgico
 

 

O presidente da Comissão Episcopal da Mobilidade Humana do episcopado português, Dom António Vitalino, pede aos fiéis que acrescentem às práticas tradicionais da Quaresma uma atitude de escuta e o silêncio.

Em mensagem para este tempo litúrgico, divulgada nesta sexta-feira, o bispo recorda que, “tradicionalmente e desde os tempos evangélicos, a Igreja recomenda durante a Quaresma a intensificação de três práticas significativas da seriedade do processo de conversão: a oração, o jejum e a esmola”.

“Esta trilogia, assumida livremente por amor a Cristo e aos irmãos mais carenciados, mantém o seu valor em ordem à nossa configuração a Cristo e ao nosso empenho solidário com todos os que sofrem.”

“Sentindo na nossa pele o sofrimento de Cristo e dos injustiçados deste mundo, crescemos na nossa identidade humana e cristã”, afirma.

Segundo o bispo, estas práticas quaresmais “nos ajudam a preparar-nos também para a nossa Páscoa, a nossa passagem duma vida efêmera, centrada em nós mesmos, para a plenitude da vida na caridade”.

No entanto, Dom António Vitalino pede que os católicos acrescentem a essas três práticas  “a atitude de escuta e o silêncio, que fazem parte da oração autêntica, por muitos entendida apenas como vocal, de petição, e menos de admiração e contemplação do mistério de Deus e da vida”.

“Vivemos num tempo de barulho, de palavreado, de demagogia, de processos infindáveis, em que os sofismas das palavras procuram escamotear e ocultar os fatos, criando realidades virtuais contra as vítimas reais”, assinala.

“Precisamos de escutar os outros, sobretudo as vítimas, os que sofrem, as crianças e mães maltratadas, os pais de família desempregados, as vítimas do tráfico laboral, sexual e de órgãos.”

De acordo com o bispo, a oração da Igreja “ajuda-nos a cultivar estas atitudes de escuta, sensibilidade e compaixão com aqueles que continuam no presente a Paixão de Jesus, mas a quem falta a capacidade de oferta e doação manifestadas por Cristo”.

“Precisam de Cireneus que os ajudam a levar a cruz. Nesta companhia solidária contribuímos para realizar a justiça na sua plenitude”, afirma. (Zenit)

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